04 abril 2008

Ilusão

Por que vieste com esses olhos que sorriem?
Por que sempre acho que as coisas são?
Somos todos iguais,
podres então.
Serão meus olhos que vêem
tua farsa que fere?
Será tua a ilusão do não?
Da crença de um sim
que me acaricia às lágrimas...
Ou apenas a minha pueril vontade de acreditar?
Inocência estúpida e inválida.
Não vejo saída.
Nem vi a entrada.
A cada dia uma batalha.
Navalha fria que corta o ferimento,
ainda aberto e com pus.
Te compus uma canção e não quiseste,
te fiz carinho e sorriste.
Te sorri e me trocaste.
Estou um traste,
ferido,
magoado,
mas em frente...
Sempre em frente.
Vês quem chega?
É o frio, sorrindo.
Já senti o frio antes...

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