14 setembro 2005

MEDOS

a vontade de ficar,
o medo de sumir,
pensar em te perder
sem sucumbir

inimigo invisível,
insegurança,
um velho que dança
e me cança de tentar aprender seus passos
descompassados e lentos

um sorriso de escárnio
no canto da boca
de assalto me dá
quando fico preso
inerte
entre meus medos e minhas roupas

quero dizer coisas
quero gritar e ser ouvido
por quem eu amo
por quem eu odeio.
de dia quero dormir,
de noite quero amar,
acordar prum mundo
onde não precise duvidar

aquela dorzinha
lá no fundo do peito,
onde nem sempre é perto,
as vezes talvez no pulmão
as vezes talvez no coração
as vezes talvez não
é cancer certo

4 comentários:

Helena Saria disse...

gostei li, não te noia não, é a nossa nova forma de se comunicar, pra mim não tem nada catalogado, e é muito mais fácil de se comunicar, nada mais.

Luiza Moraes disse...

será que passou?

Barrão disse...

putz!
é cancêr
!

abraçar o que odiamos pode ser viável.
mas.
cuspir no que amamos.
acho que é o mais difícil.

bacana a parada
acho que os textos têm que continuar a aparecer

abraço

lucas (barrão)

O MARAVILHOSO MUNDO DA FRU disse...

Tudo o que tu colocas em tuas poesias , é tu mesmo, e assim sendo tem tristezas,desilusões, revolta, questionamento,arrependimento....,mas também tem ,e, é isso que as torna lindas tem sensibilidade profunda de alguém com muito amor e muita vontade de ser feliz!!! E , filho ,te garanto, assim o serás! Um grande beijo para este pesquisador do mundo e que consegue torná-lo cada vez melhor com seus feitos!!!