Não sei. Talvez esse blog tenha sido criado meio sem querer, no ímpeto de me atualizar com esse mundo louco, sei lá. Eu sei que, tão logo ele foi criado, da forma como foi criado e com todo esse clima melancólico, eu comecei a perceber como esse sentimento de tristeza e melancolia do que já foi e até do que poderia ser e nunca será faz parte da minha inspiração, do meu ser. Parece uma chave que consegue abrir portas que eu não conhecia dentro de mim. Mas enfim, acabo de escrever uma poesiazinha bem ao estilo do nome deste blog, que eu acho que será, quiçá, a poesia mais simbólica dele (do blog) e do momento em que me encontro, nestes dias quentes frios, sós...
TUDO ISSO
E o que ficou pra ti de tudo isso?
a lembrança do dia na grama,
o copo de vinho quebrado na mesa,
a esperança de ser diferente?
Volto a ser uno sozinho,
volto a chorar no banheiro,
volto a querer um cigarro,
com filtro branco, entende?
Te vejo nos outros, nas outras.
Nas outras caras felizes, tranquilas,
nas filas de banco,
nos beijos.
Nas horas mais tristes
uma lágrima carregada me cai,
onde antes passavam verdades.
E o que ficou de tudo isso?
O que ficou senão um buraco e memórias,
e alegrias,
e tristezas resolvidas.
Agora, só uma lágrima eu vejo.
Sem cor,
sem força,
sem vontade de ser.
Sem acreditar que um dia caiu
por saber que tinha que esquecer...
e esqueceu.
21 março 2008
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