Pro dia que eu não suportar mais o peso-do-mundo-nas-minhas-costas:

e olha que a minha mira é péssima...

Gabriela

Não tem nada mais lindo q teus olhos bem de perto

me olhando dentro da alma,

falando mil palavras

q não se falam,

e saber q nesse dialogo nos entendemos.

Esse brilho que me abala,

que me cala ao querer dizer,

é o mesmo que eu sinto

no teu beijo,

na tua fala,

na tua ansia de simplesmente ser...

Quero teu corpo,

tua alma,

teu brilho de ser real,

intensa.

Quero que a imensa alegria que sinto

ao te ver me olhar,

te faça contente,

melhor - façanha impossível -

do que eras...

Versa comigo mais uma noite,

até o fim dos dias,

quando o ultimo suspiro

será o primeiro,

de um amor que já é imortal.

Olhos roxos, deitados.

Impressos no muro ao lado.

Olhos pintados não vão me censurar...

Não vão me dedurar.

E as nuvens que passam rente,

que normalmente querem gritar,

são as mesmas que estão na gente,

na hora de deitar.

Gritam no céu,

no seu

e no peito meu.

E quando explodem,

com raios chorados,

no canto do inverno

e ao lado da brisa,

chovem chuvas de lágrimas,

molhando as flores

do sorriso teu.

Muitos prédios,
muitas janelas,
muitas vidas.
Estar só, junto.
Parecer pode não ser.
Tudo parece - mas não é!
Que estou feliz até,
que posso chegar a pé
onde você está.
Como chegar lá,
se o lá só parece,
não é, não está.
Onde tudo parece ser,
cidade das possibilidades,
só não aparece quem eu queria:
você!


São Paulo - 12/11/2008

Essa é de um tempo atrás, outros tempos, outra vida...


TUA PRESENÇA

Acorda, levanta, vê!
O mundo é assim amor.
Esse teu jeito de dizer não,
essa mania de acreditar

Que o doce é bom
mas o amargo te faz respirar.
Me faz crer
que o teu beijo é só ilusão.

Fico pensando em te deixar
sem perceber o mar
o teu olhar

A forma incolor da razão,
da minha certeza de que te ter,
é me perguntar
se a vida é doce ou amarga assim.

É perceber
que sem tua presença não teria dor
nem eu, nem céu, nem mar.

FORÇAS OCULTAS

Forças ocultas não nos quiseram.
sonhávamos como num filme,
num conto, eu lembro.
Ah, como eu lembro!
Usamos amuletos,
alianças como ninguém havia.
Agora distantes,
tão próximos vivemos - ou tentamos...
Choro sim,
ao escrever,
ao lembrar,
do que éramos e do que seríamos
e principalmente ao sentir essa dor do não.
Ilusão que parecia tão real,
que foi a coisa mais linda que aconteceu.
Guardo essas memórias,
essa vida inteira no meu cofre - sem senha.
Queria esquecer
pra não sofrer...
Mas aí não seria eu.
Aí, não seria mais o meu chapéu.
E como eu gosto do meu chapéu!